Kanojo wa Sore wo Gaman Dekinai: Posso te Cheirar?

E o blog ressurge! Pensaram que tinha acabado né? Na verdade ele quase acabou, não tinha tempo nem pra ficar com a minha namorada ou sequer ver animes e ler mangás, mas agora já passou o vestibular e, passando ou não, tenho tempo pra voltar a blogar (pra infelicidade de uns). Espero que gostem da minha volta, podem ver que dei uma mudada no blog novamente, um visual pra ter mais imagens na sidebar e tal… mas ainda estou arrumando tudo certinho. O blog chegou a 2500 visualizações esses dias e nem sei como. Enfim, leiam o post de hoje, que escrevi antes de dar essa mega parada!

Kanojo wa Sore wo Gaman Dekinai conta a história de Kusahana Ryouta, um estudante normal, exceto pelo fato de sempre usar uma fantasia de cachorro que cobre seu corpo inteiro e nunca tirá-la. Tudo estava como antes, até que ele, acidentalmente, derruba a bolsa da garota que ele gosta e um shorts de educação física cai. Ele acaba pegando e imaginando qual é o cheiro, então a nova professora Kizawa (ou Ayane como gosta de ser chamada) pega ele no ato. Ele implora a ela falando que faria qualquer coisa para que ela não conte a ninguém, e ela aceita com uma condição… em troca, deveria deixar ela cheirá-lo.

Bizarro, né? Fazia tempos que não via algo do gênero… Mentira. “Recentemente” lançou Nazo no Kanojo X nas TVs japonesas, e o fundo do tema é praticamente o mesmo (fetiches estranhos). Devo lembrar, antes de pararem a leitura do post para fazer uma pesquisa, já vou adiantá-la pra vocês: Nazo no Kanojo X é sim mais velho que Kanojo wa Sore wo Gaman Dekinai. Seria uma cópia? Talvez sim, talvez não, apenas tire suas conclusões no decorrer da análise.

A história é bem diferente, dá um ar de “novo” e nada clichê, fazendo com que sintamos o que dificilmente conseguimos sentir hoje em dia: o fato de não termos a mínima ideia do que pode acontecer em seguida. Graças à temática do mangá, ganha-se esses pontos positivos para a obra. Quando achamos algo do gênero, geralmente, nenhum elemento se encaixa com ele, causando o conhecido efeito “non-sense” (sem sentido).

De algum jeito, o “non-sense” presente no mangá… tem sentido. Apesar de ter coisas que não conseguimos imaginar na vida real (como acharem normal um garoto começar a usar uma roupa de cachorro cobrindo todo o corpo por causa do bullying sofrido por estar acima do peso) vemos uma espécie de veracidade no mesmo, como fetiches estranhos que algumas pessoas têm, ou a atitude das pessoas em relação ao garoto (ignorando a roupa, claro).

Uma coisa que me chamou bastante atenção também foi o uso de emoções do garoto/cachorro. Pensemos: como o autor conseguiu mostrar as emoções do protagonista se ele passa 99% do mangá dentro da fantasia de cachorro que cobre o corpo inteiro (inclusive o rosto)? Bom, além das falas, claro, há também o uso de sombras e uma espécie de “fotografia” extremamente bem usada para demonstrar tudo isso. Todos os sentimentos do protagonista, apesar da cabeça enorme de cachorro, são mostrados claramente para o leitor.

Há pouco desenvolvimento em relação ao histórico dos personagens (até mesmo o protagonista, pouco é falado sobre ele), mas isso não é necessário. O que importa é o momento, não o passado. Tudo aquilo acontecendo, freneticamente, sendo revelado com o tempo… Tudo muito bem trabalhado. E quando chega no final, vemos que… Há, não vou contar. Leiam, absorvam a experiência do mangá.

Recomendo a obra para quem gosta de estilos de história alternativos e bem… digamos que incomuns. Só alertando: há uma certa nudez não-explícita, com o velho truque de “algo na frente” que todos conhecem. Kanojo wa Sore wo Gaman Dekinai foi lançado em 2010 por Shigeyuki Iwashita, sendo o único mangá traduzido (pelo menos em inglês, até o momento em que escrevo o post) do autor. Possui 13 capítulos e um único volume encadernado.

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